sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Flu tenta se reinventar

  A liberação de oito jogadores, entre eles Diego Cavalieri e Henrique, foi o capítulo mais recente de uma tentativa de reinvenção do Fluminense. Com a urgente necessidade de equilibrar as contas, o clube abriu mão de ídolos e de remanescentes da época da Unimed nos últimos anos.
Além do goleiro e do zagueiro, outros seis tiveram comunicado na quinta-feira que não fazem parte dos planos para 2018: Marquinhos, Wellington Silva (lateral), Artur, Robert, Higor Leite e Maranhão. O fato é: não há como cumprir contratos firmados em outro contexto econômico tanto do país quanto do clube.
A ideia é economizar R$ 20 milhões por ano com as rescisões amigáveis. E, desta forma, não mais atrasar salários.

Milhões por Henrique

No começo de 2016, o Flu foi ao mercado. Sob a gestão de Peter Siemsen, elegeu Henrique uma prioridade. Venceu a concorrência com Grêmio e Flamengo: aceitou pagar 2 milhões de euros (R$ 8,8 milhões à época) ao Napoli.

Dois anos depois, com nova direção, agora do presidente Pedro Abad, houve o entendimento de que a conta é pesada. Não há como arcar com o salário do defensor. E ele pode sair e deixar o clube sem receber nada em troca. Ele tem 119 jogos e o título da Primeira Liga.

Outro ídolo de saída

Era começo de 2015 e, apesar de o Flu desejar a continuidade, Conca forçou a transferência ao Shanghai SIPG, da China, por ter atraso no pagamento de salários. O Tricolor liberou. Em 2016, Fred teve atrito com o então treinador Levir Culpi. O camisa 9 disse que se sentia fritado. Foi vendido pois tinha remuneração perto de R$ 1 milhão.
Agora, em 2017, a vez de Diego Cavalieri. Desde 2011 no Tricolor, o goleiro foi liberado. Ele somou 352 jogos, sendo campeão carioca, brasileiro e da Primeira Liga.

Gum é o remanescente

Ao término de 2014, a Unimed decidiu romper a parceria de 15 anos com o Tricolor. Na época, a direção avaliou o elenco, que tinha parte dos vencimentos pagos pela patrocinadora, e manteve nomes como Diego Cavalieri, Gum, Jean, Conca e Fred.
Pois o zagueiro é o remanescente da era de altos investimentos. O volante, o meia e o centroavante foram vendidos a Palmeiras, Shanghai SIPG e Atlético-MG, respectivamente. Na quinta, o goleiro foi comunicado que não faz parte dos planos para 2018.