quinta-feira, 17 de novembro de 2011

“O sonho é uma experiência que possui significados distintos. Para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Para os religiosos pode ser um encontro espiritual com outras dimensões. Para os fanáticos até uma forma de receber avisos do além.

Para o torcedor do Fluminense, apenas um leve passatempo enquanto se dorme.

Os olhos fechados e a sensação de cansaço antecedem os sonhos de qualquer pessoa comum. Menos ao torcedor do Fluminense. Este não dorme, sequer fecha os olhos para sonhar.

Ao contrário, o faz acordado e com os olhos arregalados.

Quando acorda você se lembra imediatamente se teve um sonho ou um pesadelo.

Quando vai dormir o tricolor já teve os dois, nada mais o surpreende.

Sonho é um termo usado para citar o “impossível”, o “delicioso”, o “alvo maior de uma vida”. Pesadelo é o termo para definir um momento ruim, conturbado.

Sonhar é viver, de mentirinha, o inacreditável.

Ser Fluminense é viver, de verdade, um sonho.

Em 2008 na Libertadores e tantas e tantas vezes desde então. O time que não joga futebol por resultados mas sim por fazer história.

O time de guerreiros que conseguem fazer o fim de um pesadelo ser mais comemorado do que um sonho.

Todos sonham ser campeão. O Fluminense, mesmo quando não é, parece estar sonhando.

Futebol é uma fantasia real que move as pessoas através de paixão e perspectiva.

A expectativa de um grande jogo é muito maior e mais importante do que o jogo em si. O que move tudo isso é o imaginário, não o que de fato acontece.

Você especula, imagina, sonha e espera ansioso o grande dia. Quando ele chega, normalmente, te dá menos do que o sonhado, mas ainda assim te preenche.

Ser Fluminense é também viver tudo isso, com a diferença da realidade ser quase sempre melhor que o sonho.

Nesta noite, naquele Engenhão com chuva e não tão lotado quanto estaria caso não tivesse acontecido o pesadelo de sábado, o Fluminense foi além.

Na noite em que Vasco e Corinthians disputaram a liderança a distância até o último minuto da rodada, nada disso importava.

O time que sábado saiu vaiado de campo repetiu a dose.  Em 45 minutos viu tudo se repetir, o Engenhão vaiar e o Grêmio sair vencendo por 1×0.

Na volta, 1×1. Gol de falta, 2×1.

A partida ficava horrível para qualquer time do mundo, mas ficava perfeita pro Fluminense.

É dificil? Impossível? Dramático? Comigo mesmo, então!

3×2, épico de novo.

Fred e Deco se abraçam após o gol de empate e o atacante diz ao meia: “É com a gente”, numa rara demonstração de liderança e personalidade no atual futebol.

E aos 30, com a história escrita e mais um pesadelo virando sonho, o castelo volta a cair.

Em 2 lances isolados de quem não fazia um tipo muito ameaçador, o sonho acaba.

4×3, e faltam 10 minutos. De onde virá força pra reverter isso? É possível? Dá tempo?

Você, torcedor de qualquer clube, levantaria pra ir embora.  Os do Flu, não.

Não porque são fiéis, mas porque são Fluminense.

Eles sabem, mesmo que não digam, que não termina enquanto houver um minuto sequer.

Ainda havia 10 minutos.  Não precisaram de mais do que 3 para virar novamente e transformar um épico fracasso numa épica página de sua história.

O Fluminense sonha acordado, de novo.



Seu torcedor não sabe se será campeão, mas sabe que o campeão, seja ele qual for, não terá vivido parte daquilo que ele viveu.

Se o campeonato tem um dono, hoje não é o Flu.

Mas se ele tiver memória, certamente não se esquecerá do Flu. Seja ele o campeão ou não.

Torcer é sonhar o tempo todo com o que poderia ser.

Torcer pro Flu é descobrir que seu sonho não tinha graça nenhuma.

abs,
 RicaPerrone”

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ezio, O super Ezio..

Era tarde de Domingo de Páscoa, 11 de abril de 1993. Decisão da Taça Guanabara daquele ano contra o Volta Redonda. Eu tinha 12 anos. Estava atrás do gol das piscinas, a baliza onde foi marcado o tento do título. Lembro como se estivesse saindo, neste momento, nas Laranjeiras em festa. Apesar das nuvens, a chuva era a de pó-de-arroz, durante a entrada em campo do time do Fluminense. A torcida fez uma festa linda nas arquibancadas do Manoel Schwartz.

Daquele lance nunca esquecerei. Falta pela direita da grande área. Bola cruzada, a zaga rechaça. Na sobra, o volante Dudu chuta torto e a bola sobra para Ézio. Em uma fração de segundo, ele domina com a esquerda e coloca de chapa com a direita, no ângulo do goleiro Denis. O gol do título. Meu primeiro jogo em um estádio de futebol. Meu primeiro título. E com gol do meu ídolo: o Super Ézio.
Ézio se foi. Milhões de adolescentes (naquela época) tricolores – hoje, adultos – estão com um aperto no coração. Nosso herói partiu. Perdeu para o câncer, mas, como fez em campo, lutou bravamente até o fim. Encarou, como um Super que sempre será.
Se tinha Fla-Flu, era um “Ai, Jesus”. Pra eles, claro. Ézio nunca nos decepcionava. Foram 12 gols sobre o rival da Gávea. É o terceiro maior artilheiro do Fluzão neste clássico. No pós-jogo, suas apostas divertidas com Charles Baiano, centroavante do Flamengo na época, eram capa de todos os jornais. Nosso Super Ézio estava lá, degustando uma picanha servida pelo adversário derrotado. Dava pra sentir o gosto da vitória em mais um Fla-Flu.
Honra e glória
Ézio conquistou a Taça Guanabara (1991 e 1993), o Campeonato Carioca de 1995 e foi vice-campeão da Copa do Brasil de 1992. Durante as renovações de contrato, assinava papéis em branco, tamanha era a sua vontade de ficar no Fluminense.
FICHA TÉCNICA
Fluminense 1 x 0 Vota Redonda (Final da Taça Guanabara de 1993)
Data: 11/04/1993
Local: Estádio Manoel Schwartz (Laranjeiras)
Árbitro: Pedro Begralda
Renda: Cr$ 850.000.000,00
Público: 8.000 pagantes
Fluminense: Ricardo Pinto; Júlio César, Luís Fernando, Luís Eduardo e Lira; Chiquinho, Dudu, Julinho e Macalé (Cícero); Vágner e Ézio – Técnico: Edinho
Volta Redonda: Roberto Denis; Manu, Denimar, Roberto Silva e Ari; Andinho (Roni), Russo e Fernando César; Humberto, Dão e Darci – Técnico: Wilson Leite
Gol: Ézio (21min / 1º tempo)
Cartões Amarelos: Luís Fernando, Julinho (FLU) – Denimar e Ari (Volta Redonda)
Autor: Eu, mas poderia ser qualquer um de nós

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Viu? Era o Flu…

Em 2010 muitos brigaram comigo até a morte pra dizer que o Flu só era protagonista por causa do Muricy. Eu dizia que não, afinal desde 2007 o clube tinha uma sequência bem aceitável de campanhas que o credenciavam a ser um dos favoritos.
Mais do que isso: Tinha time pra ser campeão. Mas, sabe como é, o queridão sempre leva a fama. E o Flu, de ratos, foi “salvo” pelo mestre Muricy. Mentira!
O finalista da Sulamericana e Libertadores não tinha Muricy. O campeão da Copa do Brasil idem, nem o da reação de 2009, nem os outros de boas campanhas no Brasileirão. A subida do Tricolor era mérito do clube, já que os técnicos mudaram e os feitos não pararam de surgir.
O imponderável Fluzão das causas impossíveis precisava da cereja do bolo. Muricy foi, sem dúvida, importante ao dar sua dose de pragmatismo e futebol de resultado ao time.
Mas nunca foi o motivo do clube ter reagido, como pintaram.


A 5 rodadas do fim, o Flu disputa o título sem Conca e, pasmem, sem Muricy!
Pasmem ainda mais, pois o time joga um futebol, faltando 5 rodadas, bem melhor do que o do final de 2010.
Mas Abel não será exaltado, não faz marketing pra isso, é bom sujeito, não causa pauta toda coletiva.
Você dirá que “o Muricy é tetracampeão, poxa!”. E eu direi que o Abel é campeão da Libertadores e do mundo.
Comparando? Não. O Muricy tem mais resultados, o Abel ainda mantém sua “péssima” mania de tentar ganhar jogando bola.
Com grife, sem grife, com esse ou aquele, tá claro.
Não era este ou aquele que fez o favor de tirar o Fluzão do buraco e levá-lo a glória.
Foi o Fluminense que conquistou tudo isso.
Com eles, sem eles.
A maré alta continua. Sem ratos.
abs,
RicaPerrone

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O FREGUÊS VOLTOU !

O Tricolor das Laranjeiras levantou o caneco do Torneio Rio-SP de Showbol, numa final emocionante diante do Flamengo. O gol do título aconteceu pelos pés de Maciel, faltando apenas 50 segundos para o fim do duelo, na prorrogação: 7 a 6.


CREUUUUUU!!!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Fluminense e o Impossível

“E o Fluzão segue sua incrível jogada de marketing desde 2008. Patrocinado por um plano de saúde, manda seus torcedores pro pronto socorro todo final de semana. As vezes pela dor, as vezes pelo amor. Mas quase sempre por uma parceria pouco provável firmada em algum momento daquela Libertadores e que até hoje se mantém.

Fluminense e o Impossível. Um caso de amor sem hora pra terminar, mas cheio de história pra contar.

Hoje, diante de seu traidor, era dia de vingança. O torcedor tricolor queria os três pontos, é claro! Mas acima disso queria poder vencer e dizer para um sujeito do outro lado que não, não foi ele. Foi o Fluminense o campeão de 2010.

Dizer através de uma vitória que é possível brigar pelo título sem ele. Que o Fluzão se faz gigante por si só, sem precisar de nenhum salvador da pátria pra isso.

E foi dito com doses de crueldade.

Se a lição era pela força do time, foi dada. Se era pra tirar o Santos da briga pelo caneco, idem.

Mas não era só isso. Tratava-se de “exemplo pros filhos”, lembra?

E os nossos filhos merecem saber que não se desiste nunca. Merecem e devem aprender que não se subestima um gigante enquanto ele ainda respirar.

Nossos filhos ouvem dizer que a bola pune, mas é bom que eles saibam que nem sempre ela acerta o alvo.

Hoje, acertou.

Porque mesmo com Neymar em tarde inspirada, o Santos não pode aceitar ir ao Japão refém da esperança de uma jogada do craque. É preciso mais, é preciso ousar e agredir.

Palavras que não constam em um certo dicionário.

Dicionário que não consta, também, sequer “palavra”.

O torcedor do Flu aceitaria qualquer coisa neste campeonato, menos ver Muricy ganhar este jogo no Rio de Janeiro e “tirar” o Fluzão da briga pelo título.

Seria um atestado de “Sem mim, não dá”.  E mesmo que não fosse, ele faria parecer .

Quando Digão, jogador ignorado por Muricy fez falta em Renteria, aposta do mesmo, e foi expulso, tudo caminhava para uma noite de consagração.

Ele teria afastado o zagueiro violento que bateu no jogador que ele mandou trazer e que, em seguida, empataria a partida.

Muricy vencia, sozinho, uma multidão de torcedores que nunca engoliram a “pipocada” do professor.

E quando nada mais indicava outro final, surge uma bola parada, um zagueiro sem grande técnica e um gol de cabeça.

Marca registrada de Muricy e todo seu pragmatismo, agora contra ele.

E aí sim, enquanto o time se atirava no chão comemorando a vida no campeonato, o torcedor saboreava a mais doce vingança.

O Santos está fora da briga. O Fluminense, sem Muricy, mais firme do que nunca.

Dizem que “a bola pune”.

Então… puniu.

abs,RicaPerrone”

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

vai em paz Amigo

O ex-zagueiro Pinheiro faleceu, na noite de terça-feira (30), aos 79 anos, no Hospital Pan-Americano, no Rio de Janeiro, por falência múltipla dos órgãos, em decorrência de um câncer. O velório do ídolo do Fluminense será realizado quarta (31), das 10 às 20h, no Salão Nobre das Laranjeiras.


 A diretoria do clube decretou luto oficial de sete dias e, neste período, o pavilhão tricolor ficará a meio mastro. Ao site oficial, o presidente Peter Siemsen lamentou o ocorrido e salientou a importância de Pinheiro para a história do Fluminense.

"Morreu nesta terça-feira uma parte marcante da história do Fluminense: Pinheiro. Um homem a quem devemos idolatrar muito além das quatro linhas. Um ídolo, uma referência. Sentiremos a sua falta, mas ele está eternizado na memória e no coração do torcedor tricolor".

Durante os anos de 1948 e 1963, em que defendeu o Flu, Pinheiro conquistou sete títulos, entrou em campo 591 vezes e marcou 48 gols, consolidando-se como o segundo atleta que mais vezes defendeu as cores do Tricolor, atrás apenas do saudoso ex-goleiro Castilho, que atuou em 698 jogos. Pela Seleção Brasileira, Pinheiro foi titular na Copa de 1954, na Suíça.


Também foi técnico do Fluminense em três ocasiões, nos anos de 1972, 1977 e 1994, conquistando a Taça Guanabara de 1971 e o Troféu Teresa Herrera em 1977. Como jogador, venceu o Campeonato Carioca em 1951 e 1959, o Torneio Rio-São Paulo em 1957 e 1960, o Torneio José de Paula Junior em 1952, a Copa das Municipalidades em 1953 e o Mundial de Clubes de 1952.

REAGE MEU FLUZÃO


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Novos sócios proprietários ganham Guerreiro Tricolor



Além da tradicional promoção para novos sócios contribuintes, que recebem isenção de joia até o dia 31, o mês de aniversário do Fluminense também beneficiará os novos associados na modalidade “sócio proprietário”. Os interessados em ingressar no quadro social tricolor como proprietários de um título receberão como benefício uma carteira do programa Guerreiro Tricolor, que garante a entrada em todos os jogos com mando de campo do Fluminense no Brasileirão 2011. Os tricolores que já participam do programa Guerreiro Tricolor e quiserem se associar poderão destinar o benefício a outra pessoa de sua escolha. O título de sócio proprietário é vendido por R$ 3.300 à vista ou em cinco parcelas de R$ 750, sendo a mensalidade no valor de R$ 50 reais. No caso do sócio contribuinte, que não paga joia neste mês, o valor da mensalidade é de R$ 101, além da taxa de expediente de R$ 51.
Em ambos os casos, os sócios têm direito a voto após um ano de contribuição. A secretaria do clube funciona de segunda à sexta das 8h às 20h e sábado das 8h30 às 14h. Os telefones são: 3572-8233 e 3572-8234. Outras informações: http://fluminense.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=78&Itemid=97 e http://www.programaguerreirotricolor.com.br.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O BOM FILHO A CASA TORNA


      
Quando eu era criança de se puxar pela mão, dei meus primeiros passos no Maracanã levado por meu pai. Ali, Abel já não era a garra do seu (melhor, NOSSO) Tricolor, mas sim o xerife da zaga do Vasco da Gama. Mais tarde, o vi jogar bem no Botafogo - era tido como um veterano aos trinta anos de idade, muito menos pelo bom desempenho em campo do que propriamente pelo tamanho: parecia ter uns três metros de altura, cem quilos e assustava qualquer atacante na área (logo ele que começou como nosso centroavante nas Laranjeiras). Em suma, Abel era também meu zagueiro no time de botão (na verdade, o "becão": ninguém melhor do que ele significava esse personagem numa mesa Estrelão ou Xalingo) junto com Edinho, impunha respeito em qualquer jogo e ficara conhecido por várias duplas de área que vez com outras feras como Geraldo, Gaúcho e Renê, conhecidas pelo simpático apelido de "Garfo e Faca": um espetava, o outro cortava, não necessariamente a bola. Aliás, diga-se de passagem: ele jogava e bem, mas a lenda de espanta-atacantes ficou na cabeça dos mais velhos. E quem poderia supor que Abel é pianista e dos bons?

Anos depois, já treinador, conseguiu dois vice-campeonatos da Copa União nos anos oitenta com um limitadíssmo elenco do Internacional, muito antes de ganhar o mundo novamente como treinador colorado em 2006. E, no meio do caminho, fez história com um excelente time do Fluminense, quando finalmente conseguira voltar para o clube de seu amor: venceu o campeonato estadual com sobras, depois de uma humilhante (mas pouquíssimo falada e escrita) goleada sobre a Gávea. Chegou à final da Copa do Brasil daquele ano, onde perdemos por detalhes mas semeamos a trilha que daria certo em 2007, e só não venceu o campeonato brasileiro porque, às vésperas das batalhas finais o boquirroto presidente Horcades anunciou que iria mandar meio time embora em dezembro - e assim, não perdemos apenas o título mas também a nossa classificação à Libertadores mais fácil de todos os tempos. Vida que segue.

Abel ganhou o mundo e, seis anos depois, está de volta à sua casa. As Laranjeiras estão em festa e não é à toa. Abelão, como era conhecido nos gramados, é daqueles sujeitos que, quando vistos a cinco ou seis léguas de distância, parecem carregar sobre o peito uma imensa bandeira do Fluminense, assim como outros notáveis feito Pinheiro, Edinho, Castilho, Preguinho, Carlos Alberto Torres, Gerson, Assis, Romerito, Ricardo Gomes, Paulo Victor, Thiago Silva e tantos outros herois de sempre. São verdadeiros escudos vivos, estandartes de carne e osso: podem estar dentro de uma multidão e algum arguto observador dirá: "Ali está um Tricolor". Não que seja imprescindível ter vivido em campo a centenária camisa do futebol brasileiro para, um dia, treiná-la: essa petulância não é da nossa sina, mas de outro endereço. Contudo, é sempre mais agradável quando o líder veste a nossa camisa com o coração apaixonado de quem é filho daquelas cores, daquele manto, da lendária honra de pertencer à estirpe do Fluminense.

Estamos acostumados a esperar pacientemente até vencer. Nosso hino ensina isso. Esperamos Abel por três meses. Hoje, cercado por outros craques do passado e mais a beleza que é nossa torcida, ele voltou. E nós, Tricolores, mais do que nunca soubemos mostrar a nossa paciência e a nossa dedicação. Com Abel, é certo que teremos muita luta, muita garra e muita raça, itens que ele sempre deixou transbordar dentro e fora das quatro linhas. Voltamos ao pantheon da briga pelo título brasileiro, que pode acontecer ou não. Agora, o maior troféu que conquistamos hoje é outro: saber que temos um homem de caráter no comando do nosso time, que não sairá pela porta dos fundos por quaisquer seis tostões, sem falar com ninguém e ostentando a mais grotesca arrogância. Agora é diferente: quem nos lidera é um dos nossos, é um daqueles que poderia estar perfeitamente esbravejando ou comemorando nas arquibancadas ao nosso lado. Abel pode vencer ou não, isso faz parte do futebol, mas jamais nos trairá. E, se nosso time mostrar cinco por cento da atitude dele, podem comemorar outra classificação à Libertadores, no mínimo.

Acompanho Abel há trinta e três anos. Com ele nunca teve brincadeira, nem corpo-mole. Sempre se entregou de corpo e alma aos times por onde passou. Conosco, será mais do que isso, porque o coração dele bate na mesma sintonia que o nosso.

À beira do campo, o Tricolor voltou de verdade.

E ai de quem duvide. Ai de quem não der a vida pelo Fluminense em campo, num treino ou num simples chute a gol.

O garfo tem as pontas afiadíssimas. Sou testemunha.

Paulo-Roberto Andel
http://www.benditoflu.com.br/

segunda-feira, 9 de maio de 2011

“Nas boas, te apoio. Nas más, te AMO”

A temida postura acuada aconteceu em Assunção. O Fluminense entrou em campo mais preocupado em se defender à base de chutões do que tentar agredir o Libertad, e era questão de tempo até que os gols saíssem.
A verdade é que o time paraguaio foi superior nos dois confrontos e mereceu a classificação, embora os dois gols de vantagem aqui no Rio tenham dado a falsa impressão de facilidade para o Flu. Tocam bem a bola, contaram com certa complacência do árbitro e com grande felicidade para dois chutaços de fora da área. O Flu teve uma cabeceada na trave e uma chance mal aproveitada por Fred, e só. O goleiro adversário não pegou na bola durante os 90 minutos.
Agora, é hora de lamber as feridas e nos retraírmos em trabalho. As duas semanas de folga até o brasileirão servem para analisar contratações, recuperar os contundidos e traçar o rumo para voltarmos à Libertadores já em 2012.
Como diz a faixa tricolor, “Nas boas, te apoio. Nas más, te AMO”. 


quarta-feira, 4 de maio de 2011

RESPOSTA a ALTURA.

03/05/2011 20h17 - Atualizado em 04/05/2011 01h31

Peter rebate Sheik: 'Não aceitaremos desrespeito ao clube e à torcida'

Presidente do Fluminense comenta as declarações de Emerson, critica a conduta extracampo e diz que clube o ajudou com problemas particulares
 Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro



Emerson deixou o Fluminense pela porta dos fundos. Nesta segunda-feira, o atacante falou pela primeira vez sobre a situação e criticou duramente a diretoria tricolor. Se dizendo injustiçado com o afastamento, o atacante assumiu que cantou um hit em alusão ao Flamengo no ônibus do Tricolor, garantiu que Souza está sendo preterido por ser seu amigo, e, mesmo sem citar o nome, deu a entender que Fred tem influência nas decisões do técnico Enderson Moreira. Com a rescisão amigável, o Tricolor deixou de pagar a parte do salário que lhe era de direito, cerca de R$ 60 mil, e o próprio Sheik confirma que abriu mão de uma grande quantia na negociação - estima-se que R$ 5 milhões.

As declarações não repercutiram nada bem nas Laranjeiras. Tanto é que o presidente Peter Siemsen fez questão de responder duramente ao seu ex-atacante. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM na tarde desta segunda, em um café na Zona Sul do Rio de Janeiro, o mandatário tricolor defendeu a instituição e os seus torcedores de atitudes que ele define como inaceitáveis. Para Peter, Sheik mostrou ingratidão a pessoas que o ajudaram a resolver vários problemas particulares recentemente.

- O que ele fez foi inaceitável. Ter sido autor do gol título não o exime de responsabilidades perante os companheiros, à instituição e, principalmente, à nossa torcida. Cansamos de resolver problemas particulares do Emerson. E todos eles bem complicados. Fizemos tudo isso e ele responde ao Fluminense dessa maneira? Não aceito desrespeito aos torcedores e ao clube. Não só do Emerson, como também de qualquer outro funcionário - disse.

Recentemente, Emerson se envolveu em diversos atos de indisciplina que resultaram em seu afastamento do elenco tricolor. Casos como não ter ido ao consulado mexicano tirar o visto necessário para enfrentar o América-MEX, duas faltas a treinos, prejuízos financeiros ao clube ao danificar objetos em seu quarto no Uruguai com uma arma de ar comprimido e, a gota d'água aos olhos da diretoria, cantar uma música de exaltação ao Flamengo. Em mais de uma hora de conversa, Peter criticou as atitudes do Sheik, disse que se orgulha de ver o elenco mais unido após a saída do jogador, defendeu Fred e Enderson Moreira das acusações e diminuiu a importância do jogador na conquista do Campeonato Brasileiro.
- Ficamos felizes com o gol, mas isso não faz dele herói de nada. Heróis são todos os que se dedicaram e brigaram pelo título. E se entre os jogadores tivéssemos que eleger um principal, este seria o Conca, que disputou as 38 partidas e sempre trabalhou com muita disposição pelo Fluminense - opinou.
Confira a entrevista completa do presidente tricolor:
O que você achou das declarações?
Lamento a parte em que ele expõe outros atletas sem citar nomes. Cria uma situação de desconfortável, porque acaba envolvendo todo o grupo. Emerson fala o que o Fluminense quer e não quer. Isso quem sabe é a diretoria. Ele está amargurado e se manifestou em uma hora em que a emoção falou mais alto do que a razão. Ele mexeu com a paixão de nosso torcedor, e isso nós nunca vamos aceitar.
Como foi o comunicado ao Emerson de que ele estava dispensado?
Foi uma conversa simples, no quarto do hotel onde estávamos hospedados na Argentina. Estávamos eu, o Mário Bittencourt (assessor da presidência no futebol) e nosso supervisor. Falamos de tudo o que estava acontecendo nesse período. Ao contrário do que ele disse, fui muito educado. Comentei o fato de ele ter cantado a música em alto e bom som, mas ele não foi mandando embora só por causa disso. Foi uma série de indisciplinas. Na minha opinião, esse último episódio foi o mais grave e ainda perto de um jogo importante para o clube, em um momento em que o foco era apenas o Fluminense.
E a reação dos outros jogadores ao afastamento?
É só ver como eles estão jogando. Depois disso tudo, fiquei muito feliz de ver um time aguerrido e lutador em campo, brigando pela bola a cada minuto. Alcançamos uma vitória histórica sobre o Argentinos Juniors que nos orgulhou demais. Nossa exibição pôs por terra a insinuação de que o time não queria jogar em protesto à dispensa do Emerson. Hoje acompanho muito o elenco. Posso garantir que ele é unido e focado no resultado. Estamos trabalhando muito por isso. Quem destoava nesse meio era apenas o Emerson.
Você diz que sente orgulho desse grupo que está passando a conhecer mais. Desses, o Sheik foi sua grande decepção?
Não digo decepção. Foi uma situação que ocorreu e tivemos de tomar uma atitude. O Fluminense tem uma força muito grande. Esse elenco é comprometido e, ao contrário do que o Emerson disse, muito unido. Está brigando pelo Fluminense e garantindo que os torcedores tenham orgulho de que esses jogadores representem a nação tricolor. O Emerson estava destoando. Ele não acompanhou a nossa filosofia e tipo de trabalho.
Segundo ele, o único lado bom do Fluminense é o patrocinador...
A tentativa de nos colocar contra o patrocinador foi em vão. Respeitamos e trabalhamos muito para que essa parceria continue forte e possa trazer resultados ainda melhores para o Fluminense. Se tem alguém que sabe reconhecer o valor dessa parceira é o nosso torcedor.
Emerson se diz o grande herói do título brasileiro de 2010 por ter feito o gol do título contra o Guarani. Você concorda?
Se alguém o fez ser conhecido no Brasil e no mundo foi o Fluminense, que o trouxe novamente ao seu país natal e permitiu que ele entrasse para a história como autor do gol do título brasileiro. Ficamos felizes com a conquista, mas esse gol não faz dele herói de nada. Heróis são todos que se dedicaram e brigaram pelo título. E se entre os jogadores tivéssemos que eleger um principal, este seria o Conca, que sempre trabalhou com muita disposição pelo Fluminense. Não é à toa que ele é bicampeão do voto popular como melhor jogador do Brasil. Por isso tenho orgulho de ter participado da homenagem a ele em Tigre, na Argentina. Conca nunca nos criou problema algum e, por mim, nunca sairá das Laranjeiras. Ele simboliza tudo o que queremos, sempre comprometido com o trabalho e o resultado.
Ele disse que Souza está sendo afastado por ser seu amigo. É verdade?
Souza não está em foco nesse momento. Ele faz parte de nosso elenco e espero que ainda traga muitas alegrias ao torcedor.
Você considera que o Enderson Moreira tem o comando do grupo?
Enderson é uma pessoa que tenho aprendido a admirar a cada dia. Ele aceitou um grande desafio e está se saindo muito bem. A maneira como vem conduzindo o Fluminense, com foco e trabalho técnico, científico e humano, é muito boa. Certamente ele será um dos melhores técnicos do Brasil no futuro. Não tenho dúvidas de que Enderson tem o comando do grupo nas mãos. É só olhar para o campo e ver o quanto o elenco está correndo e evoluindo a cada jogo.
Como vê a insinuação de que Fred tem influência nas decisões do treinador?
Não vejo isso. Fred é uma pessoa que passei a ter mais proximidade recentemente. É um exemplo de profissional pelo que se dedica não apenas em campo, mas também pelo clube. Ele o defende o tempo todo como nós. Isso tem me impressionado muito.
E a questão de que ele diz que outros jogadores também cantaram a música do Flamengo? Ele diz que pagou o pato sozinho...
Não está pagando pato nenhum. Ele foi afastado pelo conjunto da obra e por não se adequar aos padrões de trabalho do Fluminense. Erros todos cometem. Mas sempre que tinha um problema Emerson estava no meio.
Essas declarações às vésperas de um jogo decisivo podem atrapalhar o grupo?
Pelo que eu conheço do grupo, as palavras do Emerson não vão atrapalhar em nada. A torcida abraça esse grupo sempre. Foi apenas uma maneira triste de encerrar a passagem pelas Laranjeiras.
Que lição você tira de mais esse problema fora das quatro linhas?
Nossa atitude nesse episódio representou exatamente o que é nossa gestão. A única coisa que não vamos aceitar é desrespeito ao torcedor e à instituição. Cantar o hino ou uma música de exaltação a um rival é inaceitável. O sócio não pode entrar no clube com camisa de outro time. Logo, a regra precisa ser aplicada também aos atletas. O Fluminense deu várias oportunidades a ele, trabalhou muito para ajudá-lo, e o Emerson não agarrou essa chance. Ele não cumpriu com suas obrigações profissionais. É preciso respeitar o profissionalismo, os valores éticos, a torcida, as regras do clube, os companheiros de trabalho. Mas não é esse episódio ou nenhum outro que vai mudar ou afetar o planejamento e os objetivos estabelecidos pela atual gestão. Ele se mantém independentemente das pessoas e dos resultados.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

GUERREIROS

           Depois de se classificar de forma dramática para as oitavas de final da Libertadores, o Fluminense deu indício de que poderá conquistar vaga de forma mais tranquila às quartas de final. Porém, para isso, fez sua torcida sofrer nesta quinta-feira (28) à noite, ao derrotar o Libertad por 3 a 1, no Engenhão.
Depois de ir para o intervalo em vantagem, com gol de Rafael Moura, o Flu começou mal a segunda etapa e levou o empate, em falha de Ricardo Berna. Contudo, com dois chutes precisos de fora da área de Marquinho e Conca, o Tricolor levou ao delírio sua torcida.
Agora, com a vantagem adquirida no Rio de Janeiro, o Tricolor irá a Assunção (PAR), na próxima quarta-feira (4), podendo perder por um gol de diferença.
Contudo, se o Flu fizer um gol no estádio Defensores del Chaco, obrigará o Libertad a marcar quatro. Se os paraguaios devolverem o 3 a 1, a decisão irá para os pênaltis. Quem passar enfrentará o vencedor de Vélez Sarsfield (ARG) e LDU (EQU). No jogo de ida, na Argentino, vitória dos mandantes por 3 a 0.
Nesta noite, a partida começou na quinta-feira e terminou na sexta-feira (29). Tudo graças aos refletores do Engenhão, que, assim como ocorreu no Fla-Flu do último fim de semana, se apagaram. Desta vez, antes mesmo de a bola rolar, retardando a partir em 1h.
Contudo, o fato não arrefeceu o ânimo dos tricolores. Logo aos 3min, Rafael Moura aproveitou desvio de Edinho na primeira trave após escanteio cobrado por Marquinho, e, de cabeça, colocou o Flu na frente.
O gol relâmpago assustou o Libertad, que demorou a se achar e deu campo ao Fluminense. Aos 12min, o He-Man quase amplia após passe de Fred. Contudo, aos poucos, os cariocas diminuíram o ritmo e deram campo aos paraguaios.
Com um time forte fisicamente, o Libertad passou a ganhar espaço no meio-campo e levou perigo com Samudio aos 16min, mas o chute foi para fora, na frente de Berna. Depois disso, a bola alta incomodou a defesa tricolor, mas sem assustar a meta brasileira.
No fim da etapa, aos 45min, o Tricolor, que tinha Fernando Bob na vaga do machucado Julio Cesar, viu Fred bater de primeira após Rafael Moura escorar de cabeça e mandar rente à trave esquerda de Tobías.

Na segunda etapa, o panorama do jogo se inverteu. O Libertad se impôs e mostrou o porquê de ter feito a segunda melhor campanha na fase de grupos. Pressionando o Tricolor, empatou aos 15min, aproveitando-se de falha de Ricardo Berna. O goleiro hesitou ao sair e Gamarra, de cabeça, o encobriu.
A torcida passou a vaiar o arqueiro e o volante Fernando Bob, improvisado na lateral. Sobrou, então, para o meio-campista, substituído por Araújo. A alteração deu certo. O Flu se transformou em campo e, em dois minutos, marcou dois gols.
Aos 27min, Marquinho, de fora da área, fez um lindo gol ao acertar chute forte no canto. Aos 29min, Conca bateu falta com perfeição, por cima da barreira, e ampliou. Depois, o técnico Enderson Moreira tirou Rafael Moura, colocou Diogo e o Flu segurou o importante resultado.
FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE 3 X 1 LIBERTAD

Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 28 de abril de 2011 (quinta-feira)
Horário: 21h50(de Brasília)
Árbitro: Sergio Pezzotta (ARG)
Assistentes: Ariel Bustos e Gustavo Rossi (ambos da ARG)
Cartões amarelos: Julio Cesar, Conca, Marquinho (F); Victor Cáceres (L)
Gols: FLUMINENSE: Rafael Moura, aos 3min do primeiro tempo; Marquinho, aos 27min, Conca, aos 29min
LIBERTAD: Gamarra, aos 15min do segundo tempo
FLUMINENSE: Ricardo Berna; Mariano, Gum, Edinho e Julio Cesar (Fernando Bob) (Araújo); Valencia, Diguinho, Marquinho e Conca; Fred e Rafael Moura (Diogo)
Técnico: Enderson Moreira
LIBERTAD: Tobías Vargas; Bonet, Pedro Portocarrero, Ignacio Canuto e Samudio; Víctor Cáceres, Omar Pouso, Rojas (Moreira) e Víctor Ayala; Núñez (Maciel) e Nicolás Pavlovich (Angel Orué)
Técnico: Gregorio Pérez

Guerra na argentina


     Mesmo com tudo contra e sem Emerson, afastado poucas horas do jogo por indisciplina, o time de guerreiros do Fluminense realizou mais um “milagre” para sua coleção. Venceu o Argentinos Jrs. por 4 a 2, em Buenos Aires, e se classificou para as oitavas de final da Libertadores.
       O time das Laranjeiras ficou em segundo lugar do grupo 3, atrás do América-MEX, que ficou no 0 a 0 com o Nacional, no Uruguai.


      Assim como na luta contra o rebaixamento em 2009 e na conquista do Brasileirão de 2010, a equipe hoje comandada pelo interino Enderson Moreira superou na raça seus próprios erros e comemora uma classificação que até mesmo o torcedor mais otimista já considerava inviável.
        Com gols de Julio Cesar, Rafael Moura e dois do capitão Fred, o Fluminense chegou aos mesmos oito pontos do Nacional-URU, mas avançou com melhor saldo de gols. Nas oitavas, o time tricolor enfrentará o Libertad-URU, dono da segunda melhor campanha ma fase de classificação.
      Após o apito final, uma grande pancadaria tomou conta do gramado. Os jogadores do Fluminense comemoravam, mas foram logo agredidos por rivais inconformados do Argentinos Jrs - o principal deles era Escudero. O técnico do Flu lamentou a violência dos rivais.Aliviado com a classificação,
Como já era de se esperar, o jogo começou nervoso, com muitas faltas e bastante truncado. Mas, aos cinco minutos, Marquinho achou Rafael Moura livre na área, o atacante chutou e a zaga desviou para escanteio. A partir daí, o Fluminense não se intimidou e, empurrado por cerca de mil tricolores, foi para cima do time argentino. Aos 7, Conca cobrou falta para dentro da área e assustou Navarro, que mandou para escanteio. Aos 11, foi a vez de Marquinho cobrar falta com perigo. Forte na marcação, o Fluminense ganhava todos os rebotes e seguia pressionando no campo adversário. Aos 13, Marquinho chutou de fora da área, mas novamente a bola desviou na zaga argentina e foi para escanteio. O Fluminense continuava mandando no jogo e, aos 16, quase marcou. Marquinho recebeu de Conca e tabelou com Fred, que chutou de canhota para acertar a trave direita do goleiro argentino. O gol era questão de tempo e no ataque seguinte não teve jeito. Novamente Marquinho recebeu de Conca e deixou Julio Cesar na cara do gol, o lateral-esquerdo só teve o trabalho de tocar na saída de Navarro para abrir o placar. Mas, aos 24, numa bobeada da defesa do Fluminense, fato comum durante toda a temporada, o rival empatou na única vez que chegou na área tricolor. Num lance sem nenhum perigo, Gum puxou Salcedo e o colombiano Wilmar Roldán marcou pênalti. O próprio Salcedo cobrou com muita tranquilidade e deixou tudo igual.  Aos 40, o Fluminense voltou a ficar na frente. Marquinho, o melhor em campo no primeiro tempo, recebeu falta de Escudero. Fred cobrou de muito longe em cima de Navarro, o goleiro argentino falhou feio e o atacante marcou pela primeira vez na Libertadores. Se do meio para frente o time envolvia o Argentinos Juniors e lembrava o campeão brasileiro de 2010, a defesa tricolor continuava batia cabeça. Aos 41, Juan Sabia cruzou na área, Valencia furou de cabeça e Niell chutou para a baa defesa de Ricardo Berna, a primeira no jogoAos 44, o time da casa quase chega ao empate novamente com Niell. O baixinho recebeu na área, matou no peito e acertou uma linda bicicleta que acertou a trave direita do goleiro do Fluminense. Como Nacional-URU e América-MEX empatavam sem gols, em Montevidéu, o Fluminense precisava de mais um para conseguir a classificação. Ao contrário do que aconteceu contra o Naciona-URU, o time carioca voltou ligado no segundo tempo e por pouco não amplia a vantagem aos quatro minutos. Mariano cruzou, Fred deu um lindo passe de peito para Marquinho, que chutou no canto esquerdo e obrigou Navarro a fazer boa defesa. Mas, aos nove, em mais uma falha individual da defesa do Fluminense, o Argentinos Juniors achou seu segundo gol em Buenos Aires. Juan Sabia cruzou, Valencia cortou errado, Oberman chutou, a bola desviou na zaga e enganou Ricardo Berna.  Aos 24, quando os donos da casa eram melhores, o Fluminense ficou na frente pela terceira vez no jogo. Marquinho cobrou escanteio, Valencia cabeceou, Navarro espalmou e Rafael Moura só empurrou. E, aos 42, o milagre chegou. Edinho recebeu de Araújo e foi derrubado por Navarro. Pênalti que o árbitro colombiano marcou. Fred cobrou com categoria e garantiu a improvável classificação do Fluminense.

FICHA TÉCNICA - ARGENTINOS JUNIORS 2 x 4 FLUMINENSE

Local: Diego Armando Maradona (ARG)
Data: 20 de abril de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Assistentes: Abraham González (Colômbia) e Javier Camargo (Colômbia)
Cartões amarelos: Escudero (ARG), Gum (FLU), Prósperi (ARG), Basualdo (ARG), Diguinho (FLU), Mariano (FLU), Ricardo Berna (FLU)

Gols:
FLUMINENSE: Julio Cesar, aos 17 do primeiro tempo; Fred, aos 40 do primeiro tempo e, aos 42 do segundo tempo, e Rafael Moura, aos 24 do segundo tempo
ARGENTINOS JUNIORS: Salcedo, de pênalti, aos 24 do primeiro tempo, e Oberman, aos nove do segundo tempo.



ARGENTINO JUNIORS: Navarro, Juan Sabia, Miguel Torrén (Oberman), Santiago
Gentiletti e Gonzalo Prósperi; Mercier, Basualdo (Laba), Escudero e Ciro Rius, Salcedo e Franco Niell. Técnico: Pedro Troglio

FLUMINENSE: Ricardo Berna; Mariano, Gum, Edinho e Julio Cesar (Tartá); Valencia, Diguinho, Marquinho e Conca; Rafael Moura (Fernando Bob) e Fred.
Técnico: Enderson Moreira

quarta-feira, 20 de abril de 2011

       Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
       Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer: “eu creio”, mas afirmar: "eu sei" , com todos os valores da razão tocados pela luz do sentimento. Essa fé não pode estagnar em nenhuma circunstância da vida e sabe trabalhar sempre, intensificando a amplitude de sua iluminação, pela dor ou pela responsabilidade, pelo esforço e pelo dever cumprido. EU ACREDITO SEMPRE !



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Parabéns Peter Siemsen





No primeiro contrato importante assinado pela gestão Peter Siemsen, o Fluminense conseguiu uma mudança expressiva de patamar.
Apesar da situação de penúria financeira deixada pela gestão anterior, a nova gestão decidiu jogar duro e não aceitar as primeiras propostas financeiras de renovação. Por conta disso, a negociação se arrastou por longos dois meses.
Durante o período, ocorreu intensa disputa comercial entre Adidas, Olimpikus e Puma.
No final, a gigante alemã de material esportivo cobriu todas as propostas das concorrentes e fechou com o Fluminense pelo valor global de R$ 9,1 milhões anuais até 2014, mantendo a parceria mais antiga do futebol brasileiro.
Se avaliarmos percentualmente, a valorização foi muito significativa em relação ao contrato anterior:
Só de garantia mínima de royalties o acréscimo foi cerca de 200%.
As luvas de renovação chegaram a 1400% de acréscimo.
A verba de marketing subiu 67%.
Aumentou a quantidade de peças e o valor dos prêmios por obtenção de resultados.
Mais três aspectos importantes foram acordados:
1 – A distribuição de produtos do Fluminense se estenderá para toda a América do Sul.
2 – A Adidas ficou responsável por desenvolver e distribuir nova linha de produtos do Flu, com isso, os ganhos com licenciamento também deverão melhorar, uma vez que não há como questionar o padrão de elegância e qualidade da Adidas.
3 – O Fluminense passa a fazer parte dos clubes contemplados na estratégia global da Adidas para o futebol.
A Flusócio parabeniza os novos gestores e aguarda ansiosa pela camisa da coleção 2011, que vai ter o escudeto de campeão brasileiro da CBF. Sugerimos também a inscrição Tricampeão Brasileiro, citando os anos das nossas memoráveis conquistas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Confraternização da torcida em Paraty.

PARATY TAMBEM É TRICOLOR!!!! GRANDE CARREATA!!!

DIA 23 DE JANEIRO NO TREVO CLUBE.

ingresso antecipado: R$25,00
ingresso no local:  R$ 30,00

Até 14 anos entrada franca.


Pacotes de ingressos  2011
Venda, com sete planos disponíveis diferentes, terá seu início nesta terça-feira

Conforme informação do site oficial do Fluminense, veja os planos do programa de venda de ingressos "Guerreiro Tricolor", lançado agora há pouco na sede do clube.

Planos:

Guerreiro Tricolor na Arquibancada (Libertadores + Carioca) – R$320,00
Localização: Leste Superior

Guerreiro Tricolor no Campo (Libertadores + Carioca) – R$320,00
Localização: Leste Inferior

Guerreiro Tricolor no Gol (Libertadores + Carioca) – R$220,00
Localização: Norte ou Sul

Guerreiro Tricolor na Arquibancada (Libertadores) – R$240,00
Localização: Oeste Superior

Guerreiro Tricolor no Campo (Libertadores) – R$240,00
Localização: Oeste Inferior

Guerreiro Tricolor na Arquibancada (Carioca) – R$240,00
Localização: Oeste Superior

Guerreiro Tricolor no Campo (Carioca) – R$240,00
Localização: Oeste Inferior

A venda começará amanhã, assim como o funcionamento do site www.guerreirostricolor.com.br e o tel:3521-2929, para mais informações.


Jogos inclusos:

- Libertadores: Argentino Juniors (9/2), Nacional (23/2) e América (23/3)
- Carioca: Taça Guanabara - Olaria (23/1), Macaé (27/1) e Duque de Caxias (3/2) – Taça Rio - América (9/3), Boa Vista (20/3) e Nova Iguaçu (17/4)

Os portadores de carteira de estudante e com direito à meia-entrada deverão informar no ato da inscrição e poderão adquirir os ingressos avulsos com 50% de desconto mediante apresentação do comprovante na roleta do estádio, quando haverá a conferência das mesmas com auxílio do Ministério Público.